Fomos um casal improvável, né?
Desde o início suas amigas me detestaram, sua mãe me odiou e seu pai...nunca saquei bem o seu pai na verdade.
Mas a gente conseguiu, mesmo com toda a adversidade, a gente conseguiu que desse certo, até dar errado.
Sabe Louise, a dias quero te escrever, mas é absurdamente difícil pra mim escrever pra você, parece estranho, mas a minha consciência tem a sua voz, então é complicado escrever pra você, quando você me diz o que escrever. Eu sinto falta da sua voz rouca.
Sabe eu não sei ao certo o porque, mas você sempre teve um poder sobre mim, e os anos não apagam isso, os anos apagam poucas coisas na verdade, ainda trago muitas lembranças.
Lembro de pegar o ônibus nos fins de semana pra ir ver você, eram poucos minutos até chegar, mas no trajeto, tinha tempo suficiente pra pensar em tudo que poderia acontecer, nos dias que se seguiriam, na vida que seguiria, todo um futuro pra gente, lembro de sentir o coração acelerar quando descia do ônibus e via você me esperando.
Lembro de passar uma tarde vendo aquele filme infantil de que eu não lembrava a história, e sempre tirar com a sua cara porque " Meu como você não viu esse filme?!", você dizia me odiar, mas com seus olhos sorrindo pra mim.
Ah Louise, tenho tanta coisa guardada em mim!
Queria estar naquele ônibus agora, com toda a ansiedade, todo o nervosismo, porque eu sabia, que aquele ônibus, me levaria pra onde eu sempre queria voltar.
Alexander
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