sábado, 7 de junho de 2014


....E toda vez que o frio chega, e quando ele se encontra de frente com quem ele era, olha no espelho e vê a pessoa que deixou pra trás, a pessoa que perdeu em meio aos seus caminhos.
Eu o vejo pelas ruas, sabe, vez e outra, ele sempre parece o mesmo, o cigarro, os olhos distantes, e verdes, sem brilho, mas ainda verdes. Pra quem não o conhece bem ele pareceria muito indiferente ao mundo ao seu redor, mas, eu sei, o quanto ele se importa, o quando ele sente. Quando a noite cai, e seus cafés e cigarros, não lhe amenizam a dor...Eu sinto, quando o silêncio dele grita, eu posso ouvir, eu vejo a lágrima que ele não deixa rolar, seu sorriso de tristeza, e o riso de dor.
Eu sempre soube, sempre senti, quando a dor o corroê, quando ele perde o chão, quando se perde, sempre soube, como ele se fecha pra não deixar ninguém entrar na sua dor, como ele se tranca pra não arrastar ninguém pra sua depressão. Sempre soube, mas nunca pude fazer nada.....
S. 

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