sexta-feira, 17 de outubro de 2014


...Eu sempre o vi bebendo sozinho, com seus cigarros e pensamentos, mas, não da forma com que vinha acontecendo, ela me dava medo, ele, tinha medo, podia ler isso no seu rosto, sentia isso.
Ele já não era mais o mesmo e tinha medo do que estava se tornando, ele nem ao menos sabia o que estava se tornando, ou onde ele havia se perdido e isso o assustava, tirava seu centro e o mandava ao velho redemoinho de confusão.
Ele sentia dor, angústia, mas nunca deixava transparecer, e isso o enlouquecia aos poucos, tudo ao seu redor se tornava cinza e sombrio como em uma tarde chuvosa, mas o único lugar em que a tempestade caia, era dentro dele mesmo, eu sentia....

S.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014



...E conhecer ele, da forma com que eu conhecia. Sempre era complicado, sempre ficava com medo, mais por ele, do que por qualquer outra pessoa.
Ele era imprevisível, impulsivo, e silencioso, isso sempre te deixa com o pé atrás, né?!
E a tempos o via se saturando, de coisas nenhuma e tudo ao mesmo tempo, ele sempre se fez de forte, como se nada o abalasse, como se nada pudesse invadir o seu pequeno universo particular, mas ele era só mais uma pessoa, como qualquer outra, se fechando até que alguém conseguisse o libertar, eu sabia disso, todo mundo deveria ver, mas ninguém podia ver, os muros dele eram altos de mais.
Eu sentia, quando ele começava a se perder, ouvia ele gritando, suplicando, via seus olhos escurecerem, a cada dia mais, assim como vi ele chegando ao seu limite, e tive medo, medo por ele, pelo sei pequeno universo desabando, e por tudo que seria consumido ao seu redor quando ele explodisse, e ele ia explodir, via isso tão claramente como um mostrador de uma bomba, e eu sentia os segundo se acabando, eu sabia que aconteceria. Só não sabia, se ele explodiria em lágrimas ou em ódio....
S.