quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Eu odeio'



Recentemente descobri que eu odeio você.
E recentemente descobri que odeio o fato, de ódio se confundir tanto com o amor.
Odeio a forma como você me desarma, me descobre, me desvenda, odeio esse poder que tem em mim.
Odeio quando se afasta, quando some, quando não fala, e minha própria consciência grita pra mim, com essa sua voz rouca, que me é tão familiar.
Odeio quando chora, odeio não poder ajudar, e odeio por já ter sido seu motivo, acho que odeio não ser mais o motivo também.
Odeio quando não me procura, quando esconde, quando se esconde. Odeio ter que esperar o próximo porre pra que possamos ser eu e você de verdade, odeio essas armaduras que insistimos em usar.
Mas, eu odeio, eu odeio que tenha ficado tanto de mim em você, que hoje seja tão eu, quando o que eu mais precisava era de você.

S.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015



...E ela, já não era mais a sua pequena, e nem ele o menino dela.
Mas naquele momento entre o agora, e o para sempre, de uma forma estranha, eles ainda se pertenciam...

S.

sábado, 3 de outubro de 2015



...E ele era bagunça, era confusão, era o acumulo de tudo que o trouxe até aqui, era dor, era tristeza, medo, alegria e caos, e ele era vazio.
E assim, bem assim sem esperanças, sem sonhos, em meio a fumaça dos cigarros que fumou, com o cheiro do álcool que bebia, ele estava mais uma vez, se perguntando, porque tudo estava assim, ele sabia que tudo seria assim, que a dor, a raiva, a tristeza e o medo, não iriam simplesmente desaparecer, mas no fundo ele suplicava, que Outubro chegasse e tudo se fosse como a neblina da manhã.
Mais uma noite chegava ao fim, e o amanhecer não seria nada, se não somente mais um dia, e ele com os olhos vazios, via a chuva que caia lá fora, e foi assim, na hora mais calma do dia, quando todos já haviam se posto a dormir, que ele se despiu de sua armadura, se desfez das armas, rompeu as grades, e se libertou.
E quando a chuva gelada tocou seu rosto, ele chorou....


S.


Espero pela sua ligação, estou doente,
Ligue estou irritado
Ligue estou desesperado pela sua voz
Estou ouvindo a música que costumávamos cantar
No carro, você se lembra?
Borboletas, começo de verão....

E eu estou tão cansado de estar tão sozinho
E esse momento solitário só me faz querer voltar pra casa
Eu sei tudo que você queria não é tudo que você tem.

Secondhand Serenade 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015



Minha flor não me machuques
Minha dor não me abuses assim
Não tire magoas
Não tire magoas de mim
Meu amor não me invadas 
Com o teu olhar
Não me deixes aqui a gritar
No meio do caminho sozinho.

Meu amor não mais deixes escapar
Nenhum desejo no teu olhar
De pecados proibidos esquecidos
Respirando magoas de uma outra dor
Do nosso caso imoral
Desse amor, desse amor marginal
Eu vou...

Johnny Hooker