quinta-feira, 25 de junho de 2015



...Sempre via aqueles olhos em meio a fumaça dos cigarros, enebriados pelo álcool, e eles sempre me mostraram tanto, falaram tanto, sempre me perdia naquele brilho, na profundidade daquele verde, na curiosidade de tudo que havia por trás deles.
Sempre a forma com que seus olhos sorriam, em meio a sua risada, e a curva em seus lábios que se formava toda vez, queria saber uma forma de explicar, uma forma de expressar, tudo que aqueles olhos podem transmitir, queria poder ensinar outros a lê-los, pra que ele não se sentisse mais tão só, pra que pudessem entender quando a alegria dentro dele transborda, quando se sente só, triste, ou quando seu mundo desmorona, quando seus olhos falam tudo que ele não diz.
Seus olhos sempre foram um reflexo de seu interior, sempre mostraram tudo que ele esconde de si mesmo, e tudo que ele tenta esquecer, seus olhos mudam a cada momento, seus olhos, falam, gritam, e pedem. Aqueles olhos verdes, as vezes carregados de vida, mas as vezes de dor...

S.

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